quarta-feira, 11 de junho de 2014

SOBRE AMIZADE...

Há alguns anos morei em Brasília e lá fiz amigos que, acredito, serão para toda a minha vida! Havia um grupo em especial que se reunia com certa constância e muita alegria. Um dia depois de um grande churrasco, o cenário era: chão sujo, muita louça para lavar, tudo para limpar... eis que chega a Karen! Cruzou a porta com aquele sorriso, declamando poesia, dando uma injeção de ânimo. Em pouco tempo estava tudo limpo e organizado.
Ao partir de Brasília, uma das lembranças mais gostosas era esta que acabei de contar e, também, a da casa dela, com rede e sino na varanda, cachorro amável e risos de crianças... um ambiente que confortava o coração da gente e nos deixava em paz. Obrigada Karen e obrigada a todos os amigos e amigas que fizeram com que minha passagem por Brasília fosse tão especial. Muito obrigada!

PARA KAREN
Amigo é esse tipo de gente
Que chega declamando poesia
Lavando a louça do outro dia
Compartilhando o tempo possível
Dentre as impossibilidades da vida
Quando eles não vêm
Fazem uma falta danada
E os sons dos seus sorrisos,
Mesmo assim, flutuam pela casa
É que no fundo estão presentes
Em pensamento, em energia.
Pensar neles é tão agradável!
E vem sempre a lembrança boa
Do cheiro da comida esquentando,
Do olhar brilhante dos seus filhos,
Da bola na boca do cachorro,
Da brisa balançando o sino,
Do balanço da rede na varanda
A rede
A varanda
O quintal
O carro
O papo
A tarde de sol
Despedida
Amigo é também isso de ser livre
E da não necessidade do outro
Para estarmos bem
Pode-se ir ou estar onde quiser
Porque amigos estão dentro da gente
O tempo inteiro
Ainda que estejamos só pedaços.
Feliz por te ter aqui dentro, acalento como um colo bom.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

O valor da água e de outras coisas e nosso compromisso com todos os seres que vivem e que viverão.

Fui incumbida de pensar no objetivo de um seminário de educação ambiental. Estou, então, pensando sobre isso desde a última quarta-feira. O tema principal é a água e passa também pela preocupação que devemos ter com a destinação dos resíduos sólidos, para que estes não contaminem os recursos hídricos. Trocando em miúdos, ainda não consegui chegar ao final da minha tarefa, da minha incumbência, mas o exercício de pensar, ler e reler vários textos sobre o assunto me proporcionou um pensamento que gostaria de compartilhar aqui:

“Precisamos nos comprometer e nos responsabilizar pela adoção de padrões sustentáveis de uso e de convivência com a água disponível no planeta. Do contrário, estaremos negando o valor social, ambiental, cultural, religioso e econômico da água – historicamente reconhecido pelos que vieram antes de nós e certamente ratificado pelos que virão depois de nós.” (MARQUES, 2013)

Estudar e refletir nos proporciona momentos de entendimentos que não alcançaríamos se assim não fizéssemos. 

Eu, particularmente, questiono e muito o valor econômico da água. Sei que existe, neste mundo estranho que alteramos bruscamente, cada dia mais. Para mim, no entanto, continua sendo muito confusa a existência de um valor econômico para um bem natural e essencial à vida, que jamais deveria ser comercializado. 

Quanto vale um litro de água? E quanto custa a sede de quem não pode acessá-la? Quanto custa os aproximados 70% de água que a agricultura consome no mundo? Quanto custa os 22% da água que a indústria mundial consome? Quanto vale os 8% da água que consumimos em nossos lares no mundo inteiro? (Fonte: Magalhães, 2004).

Quanto vale uma árvore em pé? E quanto custa a mesma árvore em rolos ou em tábuas? Quanto vale o Kambô? Quanto vale o conhecimento tradicional de uma população? Quanto custa aquele remédio na farmácia? Quanto custa um litro de leite adulterado? Quanto vale a ética e a consideração para com o próximo? Quanto vale a floresta e todo o seu serviço? Quanto vale um índio? Quanto vale um povo indígena? Quanto custa povos inteiros terem sido dizimados? Qual o tamanho da cifra $ do interesse dos ruralistas? Quanto se bebe disso tudo? Quanto se come disso tudo? E quanto se embolsa disso tudo?

Eu não tenho condições de dar preço ao que para mim não tem preço. Eu só dou valor ao que me vale. E eu não consigo dimensionar o custo do desmando, do descaso e da impunidade.

Acho que não consegui me desfazer dos meus óculos cor de rosa, estes que me dão uma visão romântica ou sonhadora do mundo, uma visão que ainda espera (de esperançar) uma mudança ou várias mudanças, transformações, para melhor. Pergunto-me, contudo: Quanto vale meus sonhos? Serão sonhos ou ilusões? 

MAGALHÃES, P. C. O custo da água gratuita. Ciência Hoje, Rio de Janeiro, v. 35, n. 211, p. 45-49, dez. 2004.

terça-feira, 16 de abril de 2013

"... Paz sem voz, não é paz, é medo...", O Rappa.

Às vezes me bate um cansaço!

Ando meio cansada das coisas que leio no que se refere à política nacional. É um cansaço daqueles de desesperançar. Um cansaço daqueles sem dor física, mas que incomoda com uma constância detestável.
Acho que não sou só eu, vejo o descontentamento nos rostos e manifestações de familiares e amigos, ouço pessoas falando, gritando, implorando... indignadas com as mesmas incoerências, com os mesmos desmandos. Acho que tem muita gente cansada de ser feita de idiota!
Quem, em plena consciência, pode aceitar Marco Feliciano, Deputado Federal, racista e homofóbico, na presidência da Comissão Permanente de Direitos Humanos e Minorias (CDHM)? Quem, com o mínimo de conhecimento e respeito pelo meio ambiente, pode aceitar Blairo Maggi, um dos maiores desmatadores do nosso país, na Comissão Permanente de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA)? Quem, com sangue nos olhos e convicção de seus princípios ainda não saqueados por este sistema imundo, pode conceber termos como membros titulares da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ) dois condenados no processo do mensalão: José Genoino (PT-SP) e João Paulo Cunha (PT-SP)? Quem, que respeite e valorize os povos indígens, sua história, saberes, culturas, pode dormir tranquilo e engolir seco tamanho desrespeito e violências de todos os tipos, como, por exemplo, o que aconteceu em 22 de março deste ano, na Aldeia Maracanã, no Rio de Janeiro, quando da desocupação daquele espaço para 'o bom andamento das obras da Copa do Mundo de 2014'?
Falando sério, eu estou cansada, desesperançosa, desmotivada... Eu poderia dizer também que estou indignada, mas, antes, este tipo de setimento ainda me fazia canalizar toda a raiva e descontentamento para tentar fazer algo, como assinar listas, participar de manifestos etc. Não estou conseguindo! São tantos fatos/acontecimentos absurdos que tenho tido enorme dificuldade de assimilá-los. Estou me sentindo apática.
Nunca me senti estudiosa o bastante, intelectual uma linha que fosse ou meramente politizada para falar ou escrever sobre essas coisas, como estou fazendo hoje. E tenho consciência que ainda não sou e talvez nunca seja nada disso. Não é minha intenção, nunca foi meu objetivo de vida. Portanto, aos que tenham mais conteúdo e conhecimento do que eu, que compreendem melhor esta estrutura e essas relações altamente duvidosas e nocivas para o povo brasileiro, faço um apelo: ESCREVAM! FAÇAM PALESTRAS! USEM SEUS CONHECIMENTOS NAS AULAS EM ESCOLAS, UNIVERSIDADES, CURSINHOS! REÚNAM PESSOAS E AS ORIENTEM, DESPERTEM-NAS!
Como disse, é apenas um apelo, porque eu, na minha humilde condição, não consigo vislumbrar outro jeito da gente tentar bloquear, impedir, reverter tudo o que está acontecendo. Nem sei de fato se ainda há um jeito. Contudo, acredito que uma população mais conscientizada, mais atenta e menos manipulada pelo que chamam de 'entretenimento', sobretudo o que vem das mídias de massa, é capaz de se movimentar, organizar-se e agir. Sei que isso já é feito em vários lugares do país, por vários grupos. O apelo é para que seja feito mais e mais, pois diante da sagacidade e esperteza dos que nos logram em tudo, da morosidade da justiça e da falta de cumprimento das leis, a sensação que tenho é a de que ainda somos poucos, tão poucos.
Seja como for, ao menos pude desabafar um pouco. Espero que este pequeno desabafo ajude a outros, além de mim.
Desejo Paz e Bem a todos e todas, mas como ouvimos na canção do Rappa, da época de Marcelo Yuka... "... paz sem voz, não é paz, é medo".

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Eu queria ser uma palhaça que cura!


Estava lendo o Balanço 2012 dos Doutores da Alegria! Que trabalho incrível! Deu vontade de virar uma palhacinha (alguns amigos já acham que sou palhaça por natureza), mas palhaça mesmo, sabe? Do tipo que faz curso e atua, consegue alegrar as pessoas com amor, criatividade e simplicidde, que nem minha amiga Carol Di Deus! E depois do curso de palhaça, com toda honra e mérito, quem sabe eu me candidatasse a fazer a formação dos Doutores da Alegria? Quem sabe eu não tivesse alguma chance de participar desse grupo de pessoas tão talentosas e dedicadas a uma causa tão importante, tão louvável, tão emocionante!?!

Não penso que seja fácil. Eu teria que fazer terapia, certamente, para conseguir lidar com tanta adverssidade e tanta alegria! E penso que é mesmo uma arte manejar uma situação ao ponto de colocar alegria onde, historicamente, nós, seres humanos, havíamos quase que convencionado que deveria ser triste ou frio ou apenas... sem graça.

Ser capaz de fazer o bem com leveza e gargalhadas, colocar-se à disposição do outro, doar-se como uma ferramenta na função de curar ou amenizar as dores da alma e também todas as outras dores. É lindo isso! Poderia ser utopia, mas não é! E é isso que me faz admirar e me encantar cada vez mais com o trabalho dos Doutores da Alegria.

Bom, mas seu eu não tiver talento para isto, ainda assim, ajudando na logística, nos serviços gerais, na administração, na elaboração de projetos, na comunicação... ou doando parte do meu tempo, que seja... eu adoraria dar minha parcela de contribuição a este projeto. Então estou aproveitando este espaço, que por sinal não utilizo já faz algum tempo, para divulgar ou simplesmente lembrar que ISSO EXISTE!

Desculpem-me o tom de perplexidade, porque afinal os Doutores da Alegria já completaram 21 anos! Ainda assim, repito: ISSO EXISTE! Esse trabalho maravilhoso é real! Feito por pessoas. Pessoas que tem fragilidades e fortalezas como qualquer um de nós, mas que simplesmente, lindamente, colocam-se a disposição do outro. De ouvir o outro, de olhar o outro nos olhos, de abraçar o outro, de fazer música para o outro, de fazer graça para o outro... Pessoas que se importam, que se interessam pelo outro.

Incrivelmente, em um mundo de pessoas cheias de preconceitos e de afetações totalmente desnecessárias e miúdas, FELIZMENTE, existem pessoas, e graças a Deus não são poucas, que sabem fazer a diferença e nos permitem, apesar de tudo, ver e sentir que vale a pena seguir em frente.

Só para não deixar de registrar, afinal, Clarice Lispector é mesmo minha queridinha da literatura, a primeira página deste documento dos Doutores da Alegria cita:

O BOBO, POR NÃO SE OCUPAR COM AMBIÇÕES, TEM TEMPO PARA VER, OUVIR E TOCAR O MUNDO.
Clarice Lispector
"Das Vantagens de Ser Bobo"


Foto: Tirada em 29 de janeiro de 2013. Pertence a Galeria de Doutores da Alegria no flickr.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

DANAH COSTA: TALENTO, CARISMA E BELEZA!


Ela teve sonhos quando pequena como toda criança tem e acreditava neles como toda criança acredita, a diferença é que a criança cresceu e continuou acreditando nos seus sonhos de menina. Sempre que a vejo, penso: “ela acreditou em si, nos seus sonhos e, simplesmente, lindamente, foi... Foi ao encontro do que queria viver! Ela cresceu, brilhou e continua brilhando! Isso não é mágico?”
Penso também que não é só acreditar em si, há de se ter talento, carisma, beleza. Ela tem! A Danah realiza um pouco, sem saber, das minhas fantasias de criança, daquelas de quando a gente brincava de boneca e dizia que um dia ia ser artista (risos). Conta a verdade! Vai dizer que você nunca cantou de frente pro espelho aquela música preferida e imaginou uma platéia inteira curtindo?! Não?? Que triste!!! Eu me divirto até hoje fazendo caras e bocas no chuveiro, porque a acústica do banheiro é fera!
Adulto também sonha, mas a maior parte dos adultos tem sonhos que constrói depois de adultos. Ela também os tem, mas a Danah é desse tipo de ser humano que mantém os sonhos da infância, acreditando neles, apostando neles... sem fechar a porta para o novo, para a vida que acontece agora.
Eu vi o show Danah e os Nobres, no Teatro Hélio Melo, aqui em Rio Branco, no Acre. Cenário bonito e criativo; figurino ousado; letras intensas, divertidas; voz rouca, sensual; música swingada, gostosa; músicos nobres: Paulinho e Alexandre juntos é “muito ótimo” (risos), mandam super bem! Danah, uma estrela Real, que brilha sem ofuscar. É lindo vê-la! Do tipo de artista que realmente tem tesão pelo que faz! Eu quero é mais! Já decolou e espero que visite vários lugares, porque coisa boa é para compartilhar, dividir, contagiar... só desse jeito eu acredito que a gente multiplica alegria e “positividade” e diminui rancor, tristeza e falsidade.
Danah, eu não preciso ser imparcial e mesmo que precisasse, não acredito nadica de nada nessa tal de imparcialidade. Sou sua fã, mas tem mais! Você, para mim, está na escala das pessoas que a música do Lulu Santos descreve: “... eu vejo um novo começo de Era / De gente fina, elegante e sincera / Com habilidade pra dizer mais sim do que não...”
Beijoca estalada!


Daniela Mendes Marques, novembro de 2009.

Foto: Eduardo E. M. Marques.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

DO QUE É QUE EU PRECISO?



Por esses dias tenho pensado tanto sobre o real significado de necessidade! Do que é que eu realmente preciso?
Quando aquietei o coração e comecei a listar, percebi que eu preciso, de fato, de muito menos coisas do que eu imaginava... Não consegui listar em ordem de prioridade, apenas fui registrando as coisas e sentimentos que vinham, como em um exercício.
Preciso de certa tranqüilidade na relação com meus familiares mais próximos, porque assim sou capaz de dar e receber amor, mesmo com todas as atribulações cotidianas.
Preciso de silêncio, pelo menos algumas vezes por dia, porque em silêncio consigo pensar em mim, no caminho que estou trilhando, consigo fazer preces e até consigo ficar sem pensar em nada...
De leitura! Preciso deste maravilhoso transporte de saberes, que traz e que leva... Eu posso não estar em sala de aula aprendendo-ensinando, mas com certeza eu preciso estar lendo algo! Algo que me traga novo conhecimento, que me leve até as lembranças do passado ou que me motive a fazer coisas novas: ler mais, trabalhar em outras áreas e conhecer pessoas diferentes. Conhecer novas histórias e me inspirar na continuação da minha.
Eu não sei se eu preciso, mas identifiquei que gosto muito de música e que ela revela e/ou define meu estado de espírito. E eu também descobri que adoro o canto dos passarinhos, mas eles bem que podiam começar a cantoria umas duas horas mais tarde, não? Eles me acordam todos os dias às quatro e trinta da madrugada!!! Fala sério! (risos)
(Re)descobri que a atividade física que mais me empolga é a capoeira... Praticando capoeira eu revigoro, recarrego mesmo minhas forças, ainda que no dia seguinte eu esteja com os músculos cansados! E que aquilo que meu velho Mestre dizia faz todo sentido... Que a vida/o mundo é uma roda, como a de capoeira, dá muitas voltas, precisamos ser humildes e estar atentos a tudo. O inimigo pode estar em qualquer lugar, inclusive dentro da gente.
Eu também me lembrei que água me acalma e me liberta e, de manhã cedo, é ela quem me desperta para um novo dia e, de algum modo, enche-me de esperança. Existe em mim uma alegria ao entrar em contato com ela, de certo modo, nossa origem.
Como eu adoro comer bem, percebi que o tempo da alimentação, tanto para dedicar-me ao preparo dela, quanto para saboreá-la é essencial, que isso faz bastante diferença no meu dia.
Eu tenho me encontrado muitas vezes sonhando acordada com o dia em que terei menos e não com o inverso. Sério mesmo! Dia em que terei menos contas para pagar, menos satisfação a dar, menos vantagens a contar, menos deveres chatos a cumprir, menos roupas para decidir, menos calor, menos refrigerante, menos preocupação, menos coisas a desperdiçar, inclusive o tempo... Não tenho mais tempo a perder com tantas coisas inúteis!
Mas eu também tenho momentos megalomaníacos em que quero mais! Mais tempo para o amor (de família e de amigos), mais atividades ao ar livre e puro (ambicioso isso para os dias atuais), mais opções de lazer: trilhas na floresta, banho de mar, de rio, de cachoeira... Ai! (suspiro) a natureza! Ah! E mais contato com as pessoas, sabe?
Eu gosto de tecnologia e acho que ela, às vezes, aproxima as pessoas! Mas estou falando de um contato mais verdadeiro, mais próximo que o de encostar a pele, onde as pessoas tenham tempo para ver e ouvir o outro, tempo e vontade sincera de abraçar forte e tempo para curtir os sorrisos do reencontro.
Bom, e como gosto de gente, gosto quando me sinto útil a elas. Gosto de perceber que sou capaz de ajudá-las de algum modo e sinto uma alegria sincera quando o pouco que eu possa ter feito em favor delas me mostra o quanto agi também em meu favor, porque alguém já nos ensinou que o bem que fazemos ao outro faz mais bem a nós mesmos e o mal que nos fazem não nos faz tanto mal quanto o mal que fazemos a nós mesmos.
Eu também acho que preciso de um trabalho. É eu realmente acho que o trabalho é necessário, desde que dele não sejamos escravos. O trabalho que edifica e que ao final do dia te traz aquela sensação de dever cumprido com ar de alívio e satisfação.
Não é a mesma coisa quando você vira dependente do trabalho. O trabalho que aprisiona não é bom, porque na verdade somos nós que nos aprisionamos a ele. E tudo isso depende do que consideramos realmente necessário para nossas vidas, porque muitas das coisas que achamos que precisamos custam muito dinheiro, que só conseguimos através de muito trabalho, da exaustão pelo trabalho (ou seria pelo dinheiro?).
Eu devo precisar de mais coisas, mas por enquanto interrompi o exercício por aqui! E voltarei a fazê-lo, com prazer, sempre!
E você? Do que é que você realmente precisa?

Daniela Mendes Marques, outubro de 2009.
Foto: Cachoeira Almecegas, Alto Paraíso/GO-Brasil. Por: Ana Euler

terça-feira, 22 de setembro de 2009

PARA O CUCA


Se vamos viver muitas vidas
Ha, ha, ha!
Quero te encontrar em todas elas!
Encontros felizes, profundos, verdadeiros...
Como este: nenhuma necessidade de constância
Nenhuma, de permanência.
Apenas uma certeza feliz no peito:
Amigos SÃO!
Amigos vão
Mas amigos não passarão ilesos
À intensidade e ao amor de uma amizade!
São todos os bons sentimentos pulsando na gente!
De algum modo, amigos também ESTÃO
Conosco em todas as estradas
Ainda que seja do lado de dentro, porque...
Amigos SÃO!
Amigos vão
Mas amigos não passarão ilesos
À intensidade e ao amor de uma amizade!
Vamos ter sempre marcas de riso e desespero
Porque não se constrói nada de sério sem
A dualidade dos sentimentos, da vida!
Vamos ter marcas de dor e de prazer
E é sempre assim que vou lembrar de você:
Inteiro!
Entre sonhos e pesadelos
Vida plena de emoções e Luz
Candeeiro!
Em alma, a gente é irmão!
E desejo ver viver, atemporalmente,
Esta cumplicidade silenciosa e sincera.
Algo feliz e não perdido
Entre a maturidade do presente
E as doces quimeras do vivido.
Tudo sempre muito bem vivido!


Daniela Mendes Marques, julho de 2008.
Foto: Cuca e Maria Lua. Por: Hézio Rik B. Figueiredo